A chuva, escreve Zé Fiqueiredo
Existem chuvas…e chuvas…
Por Zé Figueiredo
Acordei ouvindo um barulho de chuva pesada na janela. Muito bom, gosto de todos os tempos e todas as estações. Cada qual tem suas vantagens e sua beleza própria.
Quantas chuvas já contemplei e tomei, no lombo, como diziam por aqui. Desde chuva fina que também é conhecida como chuva de molhar bobo, porque parece que não molha…, mas molha.
Tem também a chuva mansa conhecida como chuva de criar, ou criadeira, porque não faz estrago e traz bons resultados na planta, pasto e animais.
A chuva na fazenda é recebida como uma graça dos Céus. Sempre se ouve, deixa chover… Aí chego a escutar minha mãe cantarolando, “tomara que chova três dias sem parar…”, sambinha de Carnaval, Tomara Que Chova.
Trabalhar na chuva fina, hoje é incomum, mas nos velhos tempos…,tínhamos que enfrentar. Minha mãe dizia, “se você não trabalhar na chuva com os empregados eles não vão te respeitar.” E lá ia o Zé na chuva. O que não mata…engorda, era assim que a vida era vivida.
E a cachaça que meu pai distribuía (embora ele não bebesse), para todos no fim de um dia, era compensador, porque era a hora de boa prosa e muitas risadas.
O melhor é a desculpa, bebendo pra esquentar da friagem que tomou na chuva. Mais uma seu Célio, que essa ainda não esquentou!
O amanhã, quase, quase, não existia.
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SOBRE O AUTOR: Zé Figueiredo (José Geraldo C. Figueiredo), Graduado em Ciências Sociais e Jurídicas – Advogado Pós-Graduado em Direito Processual Civil; Graduado em Química Industrial- Químico Responsável da Cervejaria Casabranquense Ltda – Red Door; Colunista do Jornal Casa Branca do Estado de São Paulo e do Jornal Caboclo do Estado de Santa Catarina.
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