Do blog da Biblio Alisson Zonta: O olhar periférico em Amanhecer Esmeralda, de Ferréz
por Renato Renato
A narrativa infanto-juvenil de “Amanhecer Esmeralda”, de Reginaldo Ferreira da Silva, o Ferréz, começa com a protagonista acordando pela manhã, mais precisamente em uma sexta-feira. “Manhã”, um jogo de palavras entre o nome próprio e a denominação de um período do dia.
A imagem da protagonista “Manhã” remete ao próprio título da obra, sugerindo um “despertar para um novo dia”. Na tradução direta do título da obra infanto-juvenil, temos “a manifestação de uma pedra rara”; metaforicamente, a menina que possui “luz própria”, conforme exercita a sua autoestima.
Destaquemos no livro, os recursos estilísticos como um dos aspectos mais importantes a mencionar, ou seja, aquele que se sobressai na obra infanto-juvenil de Ferréz; refere-se à tentativa de transposição da linguagem oral – associada à fala coloquial do cotidiano das periferias dos grandes centros urbanos – para a composição de um texto ficcional.
Aliás, a marca de oralidade das periferias, este mesmo recurso estilístico encontrado em outros os romances do autor analisado (Capão pecado e Manual prático do ódio), é o aspecto predominante a realçar nesta breve resenha.
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Sobre o autor da resenha:
Renato Renato é jornalista, editor e colaborador do blog Pró-Leitura; a resenha foi publicada originalmente com o título “A narrativa infanto-juvenil de ‘Amanhecer Esmeralda’ e o empenho de Ferréz de tornar a periferia representativa”.
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