Do blog da Biblio Alisson Zonta: sobre a 1ª prosa longa do contista Marcelino Freire
por Renato Renato
“Prosa longa de Marcelino Freire”. O intertítulo autoexplicativo é do próprio escritor; suponhamos, uma tentativa dele de se precaver ante a inscrição romance dada editorialmente ao seu livro. Tratemos, aqui e em específico, de um comentário breve a respeito da obra “Nossos ossos”, lançada em novembro de 2013, na cidade de São Paulo.
Romance ou não (nos parece mais uma novela, pelo registro tradicional de um núcleo narrativo só), “Nossos ossos” é constituído de um texto leve e acessível aos tempos atuais; basicamente, evoca traços estilísticos de outras obras do autor (livros de contos), nas quais o plano da oralidade se destaca.
Chama a atenção em seu texto, ainda, o registro de um narrador homossexual, que evidencia um retrato de mundo marcado pela sexualidade, violência urbana e temas associados às liberdades individuais no século 21, como o da solidão premeditada.
Vale mencionar a sensação de quem acaba de ler a chamada prosa longa: a de quem acaba de ler um livro antes do tempo, como se o escritor o tivesse escrito em cima da hora e publicado às últimas pela pressão de uma encomenda programada.
Impressão, impressão. Ou cabe dizer: a prosa longa de Marcelino deve suscitar o interesse de leitura de quem ainda não a leu, e de quem já a leu, a apreciação crítica.
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Sobre o autor da resenha:
Renato Renato é jornalista, editor e colaborador do blog Pró-Leitura; a resenha foi publicada originalmente com o título Romance ou novela? Primeira ‘prosa longa’ de Marcelino Freire inspira um desdobramento estilístico de suas prosas curtas.
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