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A importância das mãos, escreve Zé Figueiredo

As Mãos!

Por Zé Figueiredo

A mão é definida resumidamente como a extremidade terminal dos membros superiores. Parece simples, mas as mãos exercem um grande poder sobre todos nós. Pelas mãos sentimos o calor, o frio, o carinho, o amor, a dor, e até a beleza aveludada de uma flor.

O ser humano sempre acreditou existir uma força invisível capaz de curar apenas com um simples gesto, ou toque de mãos. O grego Hipócrates, pai da Medicina, considerava a cura pelas mãos prática natural. Muito comum em nossa convivência social, ouvirmos conselhos como, coloque seus problemas nas mãos de Deus.

Observando o movimento de uma escola, vejo os pais levarem seus filhos de mãos dadas, também os namorados passeiam com suas mãos entrelaçadas. Quando um casal é visto com suas mãos enlaçadas, o gesto indica que entre eles há harmonia. Uma mão que a outra procura é sinal de cura, perdão, paz, candura.

As mãos entrelaçadas são de fato um gesto harmônico que representam as duas faces de todo relacionamento humano, o yin e o yang, duas mãos que formam uma, não se sabendo mais, que mão pertence a quem. Seus dedos são meus dedos e nada mais resta dos dois, apenas um, são nossos dedos.

A criança procura as mãos dos pais, segurança. O rapaz busca a mão da namorada, amor. O doente a mão do médico, cura. O agressor a mão do ofendido, perdão. O discípulo a mão do mestre, sabedoria. O horizonte a mão do sol, ocaso. O boêmio a mão da lua, poesia. A alma a mão da morte, liberdade.

Mãos que curam, mãos que acalentam, mãos que enxugam lágrimas, mãos que protegem, mãos que carregam, mãos que lavam, mãos que rezam, mãos que imploram, mãos que partilham, mãos que recolhem, mãos que se juntam na brincadeira de roda, mãos que cumprimentam, mãos que equilibram a primeira bicicleta, mãos que amarram o cadarço, mãos que abraçam, que batem nas costas, que fazem cócegas, mãos que fecham os olhos dos mortos.

As mãos, diga Drummond: entre o cafezal e o sonho, a mão está sempre compondo…

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SOBRE O AUTOR: Zé Figueiredo (José Geraldo C. Figueiredo), Graduado em Ciências Sociais e Jurídicas – Advogado Pós-Graduado em Direito Processual Civil;   Graduado em Química Industrial- Químico Responsável da Cervejaria Casabranquense Ltda – Red Door;
Colunista do Jornal Casa Branca, Estado de São Paulo e do Jornal Caboclo do Estado de Santa Catarina.

P.S.: Os conceitos emitidos por artigos ou por textos assinados e publicados neste jornal são de inteira responsabilidade de seus respectivos autores.

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