Uma Viagem por Israel, escreve Günther D. Vogel
Descrevendo a paisagem mágica de cenários bíblicos
Por Günther D. Vogel
Em setembro de 2019 ano completará oito anos que estive em Israel. A entrada no país foi através da fronteira com o Egito, na cidade de Eilat, bem ao sul do país. Conforme avançava, foi-se intensificando a presença de vegetação, que era inexistente quando ainda em Taba, a última cidade egípcia que faz fronteira com Israel.
Já no país hebreu, era impossível não ver áreas muito verdes no meio do deserto. Tratavam-se de plantações de tamareiras irrigadas por modernos sistemas de gotejamento de água.
Passando em Qumran pude visitar o local onde foram encontrados, em 1947, os manuscritos bíblicos. Próximo dali, fui conhecer o Mar Morto. Entrei na água e pude constatar, na prática, que literalmente flutua-se sobre a água de tão salgada que ela é.
Avançando mais, chegamos em Jerusalém. Impossível não se emocionar ao chegar nesta cidade. A visão da cidade antiga, vista do Monte das Oliveiras, cercada pela muralha, faz a mente viajar e remete às Escrituras Sagradas. Em destaque na paisagem pode-se ver a mesquita Al-Aqsa, também conhecida como mesquita da cúpula dourada. Permaneci em Jerusalém por dois dias, de forma a poder visitar o museu da Bíblia, andar pela via dolorosa e ir orar e colocar pedidos anotados em um pedaço de papel nas frestas do muro das lamentações.
Aproveitei a estada na cidade e fui comprar alguns souvenirs no Arab Souk, onde se encontra de tudo, e pechinchar faz parte da tradição. Continuando a viagem, passei em Jericho, onde já não há mais vestígios da cidade antiga. De lá, passando em outras cidades menores, passei em Nazaré e, de lá fui a Tiberíades, onde cruzei o Mar da Galiléia, que na verdade é um grande lago de água doce, a bordo de uma embarcação similar a utilizada na antiguidade.
Desembarquei em Kfar Nahum, onde tive a oportunidade de visitar um museu onde ficam expostas partes de uma embarcação que foi retirada das águas do Mar da Galiléia, que data da época de Cristo. Ainda em Kfar Nahum, pude conhecer uma árvore da espécie, da qual nos tempos bíblicos, foram tirados os ramos que fizeram a coroa com espinhos colocada na cabeça de Jesus. Esta árvore produz pequenos frutos bem parecidos com a maçã.
Seguindo mais ao norte, chegamos até a fronteira com o Líbano, e de lá comecei a voltar, no sentido a Tel Aviv. Descendo no sentido oeste, no litoral, cheguei a Haifa, onde pude visitar o Monte Carmelo onde, do alto, tem-se uma bela visão do Vale de Jizreel, citado na Bíblia como Vale do Armagedom, que é uma planície com muita agricultura.
Continuando a viagem, passei em Cesaréia, onde tive a oportunidade de visitar o local onde, segundo informações locais, ficava uma moradia de Pôncio Pilatos, local muito bonito bem próximo ao Mar Mediterrâneo, onde se pode visitar as ruínas do castelo. Próximo dali, também é possível conhecer o que restou do antigo aqueduto romano. Descendo mais passei por Jafa e mais algumas outras cidades, e por fim cheguei em Tel Aviv, para retornar ao Brasil.
Para não estender demais, não citei vários outros locais que visitei, mas posso afirmar com toda certeza que o país é lindo, e que me senti muito mais seguro lá do que viajando pelo Brasil.
Nos domínios do governo de Israel, os lugares são limpos e bem organizados e se come bem nos restaurantes. Também estive do lado denominado palestino, onde não há a mesma sensação de segurança e nem de organização, como dentro do território controlado por Israel.
Nota do Editor: Fotos do Acervo Pessoal do autor.
_____________________
Sobre o Autor: Günther Didmar Vogel é atualmente gerente comercial em uma empresa de Londrina – PR, com vivência profissional nas áreas de engenharia elétrica e gerência comercial. Casado com Raquel, pai de um casal de filhos (Gislayne e Gabriel) e avô de um netinho (Pietro).
P.S.: Os conceitos emitidos por artigos ou por textos assinados e publicados neste jornal são de inteira responsabilidade de seus respectivos autores.
______________________________
Mensagem do editor:
Textos e imagens de propriedade do Jornal Caboclo podem ser reproduzidos de modo parcial, desde que os créditos autorais sejam devidamente citados.
Comuniquem-nos, por favor, de possíveis correções.
_____________________________________