O IPÊ AMARELO, escreve Zé Figueiredo
Beleza, simplicidade e poesia na humildade de uma árvore
Por Zé Figueiredo
Por que é tão difícil fotografar um ipê amarelo? Se disserem que um ipê amarelo foi bem fotografado, imitando a realidade, é porque o fotógrafo não comparou a foto com a real natureza da árvore.
Real natureza da árvore também, porque, o ipê amarelo reina em meio a sua natureza de uma forma absoluta. E não se mostra por inteiro, sou testemunha ocular deste fato, fotografei vários e nunca a foto diz a verdade sobre aquela árvore mística e talvez tímida. Seria mesmo timidez do ipê, ou sua exuberância é tal, que o ser humano ainda com toda tecnologia que tem, não conseguiu inventar um dispositivo que pudesse captar toda sua beleza?
Devemos isso a nós mesmos, construir uma máquina fotográfica exclusiva para tirar fotos dos ipês amarelos. Adentrar a alma desta árvore e sua essência, com todos seus contornos, da raiz à última pétala amarela que dança ao sabor dos ventos no alto de seus galhos.
Com certeza faceira como toda flora do cerrado, ao lado dos cajuzinhos, coquinhos de indaiá, macaúbas, capim barba de bode, fruta do lobo, capitão, pau terra, barbatimão…, esta árvore carrega o segredo da beleza intocável em toda sua existência.
Já conversaram com um ipê amarelo? Pois que conversem, e verão que a simplicidade e a humildade, impregnarão seus espíritos de silêncio e poesia.
SOBRE O AUTOR: Zé Figueiredo (José Geraldo C. Figueiredo), Graduado em Ciências Sociais e Jurídicas – Advogado Pós-Graduado em Direito Processual Civil; Graduado em Química Industrial- Químico Responsável da Cervejaria Casabranquense Ltda – Red Door; Colunista do Jornal Casa Branca, Estado de São Paulo e do Jornal Caboclo do Estado de Santa Catarina.
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