Aventura – Carioca de 63 anos viaja o mundo de moto, escreve Patrick Eduardo Boff
Kátia Alvim fez uma parada em Pinhalzinho, para encontrar amigos feitos pela internet graças à motocicleta
Por Patrick Eduardo Boff
Caro leitor, se você pudesse viajar de moto pelo mundo você iria? A carioca Katia Mello Alvim resolveu fazer isso. Sua paixão pelo motociclismo começou quando ela tinha 23 anos de idade. Atualmente com 63 anos, Katia já planejava a sua vida aventureira quando ela ainda trabalhava como médica para a Força Aérea Brasileira (FAB).Quando a médica se aposentou, ela resolveu vender todos os seus bens e adquirir uma moto para sair a viajar pelas Américas.
Sua aventura de fato começou no ano de 2019, quando ela saiu do Rio de Janeiro para ir para Ushuaia, na Argentina. Da ponta da América do Sul, resolveu então ir para o Chile e para o Peru, mas a aventura não foi fácil devido a motocicleta ter dado muitos problemas mecânicos. Gastando muito dinheiro em manutenção, Katia resolveu voltar para o Rio de Janeiro para vender sua moto.
Ela então resolveu mudar os seus planos e decidiu que iria ir para o Canadá para adquirir uma nova motocicleta e continuar a sua aventura de outra forma, desceria do país norte americano até a América do Sul.
Quando Katia se preparava para descer para os Estados Unidos, as fronteiras foram fechadas devido a pandemia da Covid-19. Novamente Katia teve que mudar os seus planos e decidiu viajar por todo o Canadá até que as fronteiras entre os dois países fossem abertas novamente. “Viajar pelo Canadá foi muito bom, a única coisa que eu não gostei foi do frio. Eu não gosto do calor do Rio de Janeiro e minha filha brinca dizendo que eu nem pareço carioca, mas viajar com frio e com dois metros de neve foi bem dificil”, diz.
Sua aventura no Canadá durou 1 ano e 8 meses até que Katia conheceu uma amiga no Facebook que conseguiu atravessar a sua moto para os Estados Unidos devido ela ter cidadania nesses dois países. “Tive muitas aventuras durante esse período da pandemia no Canadá e nos Estados Unidos. Eu não podia atravessar a fronteira por terra, então resolvi tentar passar a moto por avião, mas não consegui. Graças a essa minha amiga que tem dupla cidadania, ela levou a minha moto até a fronteira e eu voei até lá para pegar a moto. Nós não nos conhecíamos pessoalmente e a partir dali criamos uma grande amizade”, pontua.
De acordo com a motociclista, ela saiu dos Estados Unidos e viajou até Ushuaia novamente. Sua aventura durou 1 ano e 6 meses passando por países como: México, Guatemala, Honduras, Panamá, Colombia, Equador, Perú, Argentina, Uruguai, entre outros países. “Da Argentina eu estava com planos de voltar para o Brasil, mas tinha uma incerteza se eu poderia entrar como uma moto estrangeira. A Receita Federal me autorizou a entrar com a moto como importação temporária, e entrei com um visto de turista, embora eu seja cidadã brasileira e pague meus impostos para o governo”, salienta.
Em suas redes sociais, Katia tem amigos espalhados por todo o mundo, e uma família pinhalense soube que a carioca estava entre a Argentina e o Uruguai, e com muita insistência a convidou para vir à Pinhalzinho conhecer o município. “Eu conheci o José Carmo Kasper através de uns amigos do Facebook. Quando era jovem praticava enduro de motociclismo com esses amigos, esses meus colegas por coincidência praticavam esse esporte com ele. Então a amizade com esse pessoal me fez criar um laço de amizade com ele e com a Maritana. Eles ficaram sabendo que eu estava voltando para o Brasil e ficavam me dizendo: Passe por aqui, venha aqui conhecer a cidade e nos conhecer, e de tanta insistência resolvi vir. Quando cheguei, me trataram como se eu fosse da família, e eles são fantásticos. Além disso eu fiquei maravilhada com a cidade, achei uma cidade muito linda e estou encantada por Pinhalzinho”, comenta.
A próxima aventura da carioca é a África do Sul. Katia está no Brasil fazendo os preparativos para essa nova aventura no país africano. “Tenho que ajustar meu passaporte e comprar uma moto mais leve para viajar pela África devido à areia que predomina naquele continente. Meu plano é subir pela costa Oeste da África e ir para a Europa Oriental. Também quero conhecer a Rússia e a Ucrânia, e espero que esse conflito entre esses dois países acabe logo porque também tenho o desejo de conhecê-los. Depois quero fazer a volta e entrar no Irã, Paquistão e até que a saúde e o financeiro permitir eu vou continuar fazendo isso”, finaliza.
Nota do Editor: Este artigo foi originalmente publicado no jornal A Sua Voz, de Pinhalzinho, SC, em 08 de março de 2023
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Sobre o Autor: Patrick Eduardo Boff, formando em Jornalismo na Unochapecó – Universidade Comunitária da Região de Chapecó e acadêmico de História na Universidade Federal da Fronteira Sul. Atuando como jornalista do Grupo A Sua Voz de Pinhalzinho, SC Inspirador do Grupo Imprenautas – Informação e Cutlura (www.imprenautas.com.br), e colcaborador deste Jornal Caboclo.
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