Jornal Caboclo

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Geral

ACAC Associação Carros Antigos Caçador comemorou 17 anos

Celebração, histórias e homenagens aos pioneiros dos Carros Antigos de Caçador

Por Assessoria de Comunicação

Exemplares expostos na entrada da Câmara Municipal

Uma noite de celebração e homenagens, relembrando histórias para comemorar o 17º aniversário da ACAC -Associação Carros Antigos Caçador. Aconteceu na Câmara Municipal de Vereadores de Caçador, no dia 30 de junho, cedida pelo Presidente da Câmara Vereador Itacir Fiorese, com a presença dos vereadores Johny Marcos e Fabiano Dobner, associados, familiares e convidados.

Na abertura o Mestre de Cerimônias Denilson Araújo leu o Poema “Carro Véio”, transcrito ao final deste relato.

Fizeram uso da palavra relembrando fatos pitorescos da história dos apaixonados por carros antigos da cidade, os pioneiros homenageados no encontro:

– Sr. Léo Hernani Schneider, presidente 2007/2008;

– Sr. Selvino Caramori Filho presidente de 2009 a 2017; e

Presidente Luiz Paulo Nhoatto

– Sr. Luiz Paulo Nhoatto o atual presidente desde 2018,

A Sra. Cristiane Potrickos da Silva contou a história do clube:

“Aos dezessete dias do mês de junho de 2006, na sede denominada Toca da Raposa nascia o nosso clube, naquele primeiro momento ficou denominado como: “Proprietários e Amigos dos Automóveis Antigos”, iniciando assim o calendário cronológico de nossa história.

Decidido pelos integrantes daquele grupo de amigos, naquela ocasião e em encontros posteriores, que para o futuro fundariam a “Associação dos Admiradores do Antigomobilismo – AAA “.

Já no final de 2007, formou-se a primeira diretoria e como clube, decidiram a fazer encontros de carros antigos aqui em nossa cidade. Os três primeiros encontros realizaram-se no posto Beira Rio, sendo o primeiro com a participação de 20 veículos inscritos.

O segundo encontro, contou com 56 veículos, e o terceiro com 86 veículos, números esse que vem aumentando a cada ano. Nesses 17 anos de existência efetuamos 15 encontros, só deixamos de fazer dois no período da pandemia e, já chegamos a ultrapassar a marca de 450 veículos expostos.

Já em 23 de novembro de 2010, reuniram-se sócios e convidados na sede da empresa Reunidas S/A., para deliberação da nova chapa da diretoria e, das fichas de inscrições dos sócios para o biênio 2.011/2.012. Foram convidados novos sócios para integrarem o clube, totalizando aproximadamente 15 pessoas. Na ocasião foi apresentada também a nova chapa para a diretoria do clube.

Homenagem a Léo Schneide

Em 2011, foi formulado nosso Estatuto, com a nova denominação do clube, denominação esta que permanece até nos dias de hoje. No ano de 2013 contávamos com aproximadamente 40 sócios e, em 2.015 já tínhamos 50 sócios. Nosso clube representa nossa cidade em quatro Estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Sempre muito bem representada pelo nível de carros e, também, pelo respaldo que temos nesse seguimento, hoje fazemos parte da Federação Nacional de Carros Antigos e, credenciamos os antigos com a placa preta.

Dentre os sócios hoje contamos com as mulheres, número que vem aumentando a cada ano, quebrando essa barreira que carro é opção só do sexo masculino. Contamos também com famílias e, principalmente, os jovens interagindo e fazendo parte da história.”

Em seguida, a plateia assistiu atenta a um emocionante filme, com registros de vários momentos do clube, e sua participação em exposições em várias cidades, além de Caçador. Ao final “link” para assití-lo.

Léo Hernani Schneider

Após o filme a Sra.  Elis Cristina Padilha contou a história admirável do mais antigo entusiasta e fundador, o querido Vovô do Clube, Sr. Léo Hernani Schneider:

“Léo Schneider, nascido em 22 de outubro de 1940, em Caçador, na mesma casa em que reside até os dias de hoje, é filho de João Alfredo Schneider e Erna Deboni Schneider, casal este que teve quatro filhos.

O Sr Léo se casou com Edilmar Schneider no ano de 1974, após alguns anos tiveram também três filhos, Léo Filho, Ana e Thayse, e cinco netos: os gêmeos Leonardo e João, Miguel, Olivia e Laura.

Crianças entregam Certificados de presença

Sua paixão por automóveis começou na adolescência, quando confeccionava seus próprios carrinhos de madeira; quando mais jovem entre uma e outra aquisição de seus automóveis aproveitava para melhorá-los, customiza-los e até mesmo os consertava. Assim pegando gosto por isso.

Aos oito anos de idade já dirigia um Pontiac, carro que pertencia ao seu pai. Aos quinze anos de idade, já dirigindo, levava sua mãe ao supermercado para fazer as compras da casa.

Em 2006, conheceu alguns colegas apreciadores do mesmo “hobby”, assim começou a sua história no clube, passando a ser um frequentador nos encontros de carros antigos por aí a fora.

Foi sócio fundador do clube, hoje aos seus 83 anos tem seu Impala vermelho conversível, reformado do zero por ele mesmo, o qual o leva aos encontros junto com seu neto João e a neta Laís de Paula, que é motivo de muito orgulho para o avô. Também possui um Impala branco, esse que tem feito muitos traslados de casamento, também e muito comum o encontrarmos pelas nossas ruas com seu Opala: “Opamino”, nome dado por ser um opala picape. Um opala herdado de seu pai. Todos funcionando e em ótimo estado de conservação.”

Então o Sr. Selvino Caramori entregou a placa de SÓCIO BENEMÉRITO ao Sr. Léo Hernani Schneider, que emocionou os presentes com suas palavras sobre a história do clube.

Encerrando a comemoração de 17 anos, os sócios mirins da ACAC, Eduarda, Bernardo, Carolina e Vitor, entregaram uma lembrança aos associados e convidados, um Certificado confirmando a presença nesta celebração na Câmara Municipal, nele um carrinho de plástico colado

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Poema:  CARRO VÉIO

ACAC 17 anos

Comprei um carro bem antigo
de um parente, e vizinho meu,
esse carro, estava precisando de abrigo,
desligado, o motor já ferveu.

Tinha só um resto de motor,
e andava, mas só na primeira,
a tristeza era o radiador,
vazava mais que uma peneira.

Nos dias em que chovia,
era mais seguro andar a pé,
pela água que tanto caía,
não engatava, mais nem a ré.

Para choque?   Mas nem pensar,
esse carro era de dar dó,
pneu?   Era uma câmara de ar,
as portas, amarrada com cipó.

Para ligar, só na base do tranco,
por que não tinha bateria,
para brecar, era só no barranco,
pedal de freio nem existia.

Lá na baixada da esquina,
ele andava como um carrão,
mas como gastava gasolina,
gastava mais que avião.

Seu porta mala esbugaiado,
parecia mais com um balaio,
o documento?   Tudo atrasado,
desde os tempos do zagaio.


Não tinha nem escapamento,
mas nem mesmo amortecedor,
por ficar só no relento,
nunca descobri a sua cor.

Liguei ele lá na praça,
estourava mais que um rojão,
encheu a cidade de fumaça,
era igualzinho um vulcão.

Fui na oficina do Marcão,
mas ele me disse não,
para mexer nessa desgraça
prefiro mudar de profissão.

Queriam que eu vendesse esse carango
a proposta não tinha condição,
era meia dúzia de frango
mais dois sacos de feijão.

Quero que meus familiares,

 e meus amigos

Nunca esqueçam

que essa é minha paixão!

Fonte: https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=34239
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Veja o vídeo de memórias da ACAC:

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Um comentário sobre “ACAC Associação Carros Antigos Caçador comemorou 17 anos

  • Terezinha Izolete Galvani de Lima

    Artigo muito interessante.
    Resgatando a história de dia carros que eram top em nossa época!
    Parabéns.

Fechado para comentários.

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