Ética e Transparência nas Relações Corporativas, escreve Rose Campos
A importância da confiança em um mundo focado em ESG em 2025
Por Rose Campos
Em um cenário corporativo cada vez mais orientado por métricas ESG (Ambientais, Sociais e de Governança), a transparência e a ética emergem como pilares fundamentais nas relações profissionais. Uma pesquisa da Gallup, de 2022, revelou que 70% dos colaboradores afirmam que a falta de ética nas decisões afetam negativamente sua motivação e engajamento e que, devido a isso, as empresas poderiam ter até 81% menos rotatividade. Em um ambiente onde as redes sociais expõem ações e decisões, essa dinâmica intensifica a necessidade de uma conduta ética e respeitosa, especialmente em contextos colaborativos, onde a reputação e a confiança são cruciais para o sucesso.
Os dados apresentados despertam meu interesse por ações que me fazem refletir. Frequentemente, transformo essa inquietação em artigos, buscando promover uma discussão construtiva na comunidade. Recentemente, portanto, vivenciei uma situação que ressaltou a importância de honrar compromissos em parcerias profissionais. No entanto, desconsiderações, falta de transparência e comprometimento abalaram a estrutura de um projeto promissor, prejudicando não apenas a imagem de alguns integrantes, mas também os resultados obtidos.
Esse fato traz à tona a importância da ética, que deveria ser o alicerce das relações profissionais. A desconsideração de acordos previamente estabelecidos prejudica a confiança e afeta o bem-estar dos envolvidos. De acordo com pesquisas divulgadas trabalhadores em diversos setores afirmam que, um dos fatores que mais influenciam em suas produtividades é a falta de respeito nas interações diárias com a chefia. É fundamental que todos os participantes de uma colaboração se sintam respeitados e valorizados, pois isso é o que realmente constrói uma parceria sólida e produtiva e garante bons resultados nas aplicações de métricas de ESG.
Além disso, mudanças repentinas e a falta de diálogo sobre diretrizes afetam diretamente a reputação de cada um. Em um contexto onde a sustentabilidade é cada vez mais valorizada, é crucial que as ações e decisões estejam alinhadas com esses princípios, não apenas para atender às expectativas do mercado, mas também para preservar a integridade das relações pessoais. A ética, portanto, não é apenas uma questão de conformidade, mas um elemento essencial para o desenvolvimento de ambientes de trabalho saudáveis e produtivos.
É vital lembrar que, ao firmar um pacto de colaboração, as partes devem honrar esse compromisso de maneira recíproca. A confiança é um ativo precioso que, uma vez perdido, pode ser difícil de recuperar. Portanto, é fundamental que haja um diálogo aberto e honesto com seus “stakeholders” (todas as partes interessadas em uma empresa ou projeto, incluindo colaboradores, clientes, fornecedores e a comunidade em geral), buscando resolver conflitos de forma construtiva dentro do ambiente de trabalho, assim como em nossa vida cotidiana.
Portanto, a construção de relacionamentos baseados na confiança e no respeito não apenas fortalece parcerias, mas também contribui para um ambiente corporativo mais saudável e sustentável. Acreditar na possibilidade de um futuro melhor, pautado pela ética e pela colaboração, é essencial para o desenvolvimento coletivo e fundamental na construção de um caminho de sucesso e realização.
Assim, chegamos ao final de mais um ano, apenas dois meses nos separam de 2025. Este é um momento especial para refletirmos sobre nossas ações, para reciclar nossas experiências e reaproveitar o que aprendemos. Que possamos sustentar atitudes que não apenas contribuam para nosso próprio desenvolvimento, mas também para o bem-estar de outros em sociedade.
É uma tarefa desafiadora, mas é somente com esse espírito de união e colaboração que encontramos a essência que nos envolve ao final de cada ano. Que possamos, portanto, fortalecer esses laços com nossos colegas, celebrando as trajetórias únicas de cada um e reavaliando nossas atitudes enquanto trilhamos juntos um caminho de crescimento e inovação.
Que essa reflexão nos inspire a cultivar a empatia, a ética e a gratidão, preparando-nos para um novo ano repleto de oportunidades e de esperança de um mundo mais pacífico. Como bem dizemos, com paz, “com Pessoas de A a Z, pessoas íntegras e inteiras” (ecos do meio).
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Sobre a Autora: Rose Campos é jornalista ambientalista, pós graduada em neurolinguística. Assessoria e mentoria em comunicação e sustentabilidade, palestrante, escritora, poeta e apresentadora do Programa Ecos do Meio, na Rádio/TV Mega Brasil. É fundadora da Ecos do Meio Comunicação, entidade que tem como objetivo promover diálogos e ações de conscientização sobre as questões socioambientais e o destino correto, assim como sua transformação em arte, do ‘lixo social’. Foi diretora da Associação Paulista de imprensa e Conselheira da ACSP – Associação Comercial de São Paulo por mais de seis anos. Colaboradora do Jornal Caboclo. Contato: ecosdomeio@hotmail.com
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A verdade é que a consciência ética, principalmente de grandes organizações ainda não atingiu os relacionamentos dessas entidades com seus funcionários e fornecedores, pois internamente as empresas estimulam a competição desenfreada…por exemplo…e nos externos das empresas os “delizes éticos” das grandes organizações costumam se refletir muito mais no seus relacionamentos com fornecedores do que com seus clientes…a ética deve ser transversal desde os “executivos” aos procedimentos de vendas, RH, logística …etc…algo que paira por valores e princípios, além do direito …
Dizem que falar sobre “ética” não produz retorno. Pois é, de que retorno será que o mercado se refere, quando, ainda, uma boa parte dos profissionais ligados às métricas da sustentabilidade continuam a observar o tratamento dado a ela?
Grata minha amiga por se manifestar
Parabéns pelo desenvolvimento do artigo
Vindo de um mestre isso é um tremendo elogio. Grata !
Só a ética e a transparência promovem as relações respeitosas em qualquer ambiente, especialmente no de trabalho. Muito importante tratar desse tema fundamental para o processo de desenvolvimento de instituições, países, etc. Parabéns, Rose.
Minha querida, fico feliz que esse posicionamento tenha cumprido os seu propósito. Creio que ainda é tempo de boas discussões na rede escolar com alunos de diversas idades para falarmos com ética. Creio que o momento mundial não seria mais propício. Gratidão
Ótima reflexão, Rose.
Muitas empresas despertaram para a necessidade de alinhar seus processos ao discurso ESG de forma genuína. No dia a dia, vemos um compromisso crescente com o impacto positivo e os benefícios dessas práticas. No entanto, muitas buscam prioritariamente a exposição midiática e a valorização de imagem associada ao “verniz verde” do ESG. Além das normas empresariais, existe o fator humano, onde a falta de formação ética leva ao desrespeito profissional. Apenas uma educação sólida e bons valores podem transformar esse cenário.
“Verniz Verde” uma realidade que, infelizmente, maquia a compreensão, de muitos, sobre a importância da métrica ESG. O mais triste é que diante do cenário político mundial, muitos retrocesso vamos assistir junto a pauta ambiental, que está ligada, diretamente, a nossa fala ética ou sobre ela. Grande abraço, meu amigo!