“Salvando a Biografia”. Por Mário Henrique Vicente
por Mário Henrique Vicente
Julio Cesar, Imperador Romano, sabia que conspiravam contra ele e a possibilidade de sofrer um ataque era iminente. Mesmo assim, dispensou sua guarda pessoal e, desarmado, foi ao Senado Romano, onde acabou assassinado. Se Júlio Cesar sabia que poderia ser assassinado, porque foi ao Senado, desarmado e sem guarda pessoal?
Julio Cesar, amado pelo povo e odiado por outras facções políticas romanas, queria a imortalidade da história. Deixou um testamento, legando sua fortuna ao povo romano. Pronto, cobriu com ouro as letras que contaram seus feitos.
Ressalvadas as proporções, Lula busca o registro da história como o Presidente mais popular da história do País, com 87%, quando deixou o governo e que sofreu perseguição política por isso. Lula sabe que sua condenação é inevitável, porque ao Processo Penal foram acrescidos os perigosos ingredientes da vaidade e pessoalidade. Ninguém mais pode voltar atrás! Para os persecutores, Lula tem que ser condenado e para Lula o processo penal é uma perseguição política. As outras facções políticas, claro, estimulam e alimentam o sensacionalismo das acusações, na tentativa de rasurar a biografia do Presidente mais popular.
A esperança de Lula é que a história seja sua redenção.
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Sobre o autor: Mario Henrique Vicente é advogado, ex-vereador e ex-presidente da Câmara de Vereadores de Fraiburgo; escreve às sextas-feiras no Jornal Caboclo.
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