“Vitrines do consumo”. Por Matheus Felipe Tonial
por Matheus Felipe Tonial
Nesses dias chuvosos, parei em frente a uma vitrine para não acabar encharcado. Como a chuva estava intensa e incessante, comecei a analisar as mercadorias expostas. Observei que esta mesma loja estava exibindo apenas um manequim com peças masculinas, olhando à minha volta, percebi que todo o comércio dava extrema preferência a produtos femininos. É compreensível que as lojas queiram dar preferência às consumidoras, já que elas são responsáveis por uma fatia muito maior do valor arrecadado pela loja, certo? Errado!
Segundo o Ibope, quando nós homens vamos às compras, consumimos cerca de 12% mais que as mulheres em hipermercados. Nas lojas de rua, nós consumimos uma quantia 8% maior que as mulheres. Segundo a Associação Brasileira de Shopping Centers, os rapazes gastam 24% mais que as moças em uma única visita. Esse consumo elevado por parte masculina ultrapassa as lojas físicas, na internet, os homens gastam 30% mais, segundo o e-bit.
Há pessoas que devem estar pensando: “Mas minha esposa vive comprando coisas para todos aqui de casa, como posso gastar mais que ela?”. A questão é que as gurias compram mais itens de menor valor, e geralmente levam os objetos que todos precisam (tênis pro filhão, camisa pro marido, calça pra filhota), já os homens compram menos coisas, mas com valor muito maior. Além disso, o sexo masculino costuma procurar pouco pelo menor preço na hora de comprar, optando pela primeira opção que lhe satisfaça.
Para os homens que pensam ser necessário permanecer solteiro para gastarem menos é melhor refletirem sobre essa decisão. Um dos resultados das pesquisas citadas foi que rapazes solteiros costumam se tornar mais consumistas e impulsivos. A dica é irem as compras homens e mulheres juntos, assim as garotas pechincham mais pelos descontos e os garotos vão controlar as compras por impulso, a menos que eles enxerguem uma vitrine repleta de peças masculinas.
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Sobre o autor: Matheus Felipe Tonial, comunicador e estudante do Instituto Federal Catarinense – IFC Fraiburgo; escreve às quartas-feiras no Jornal Caboclo.
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