Jornal Caboclo

da região do Contestado, SC

Colunas e Opinião

“Fakenews” – Comentários e questionamentos (English version below)- Por Edison Porto

Notícias falsas e boatos poluem a internet e enganam pessoas.   

Por Edison Porto

Com o surgimento da Internet por volta de 1995, surgiram também os “fakemails”, e-mails falsos. Naquela época era comum se receber uma mensagem com fotos de uma criança deformada, ou vítima da doença “fogo selvagem”, pedindo para que ela fosse repassada para o máximo de pessoas, porque assim a Apple, ou a Microsoft, iriam doar para o tratamento da criança, “tantos centavos” por e-mail repassado.  E muita gente poluía as caixas de entrada dos outros com este tipo de mensagem.

Esta espécie de “tradição” continua. É um abuso da bondade, ingenuidade e solidariedade das pessoas. Mas por quê?  Na época se falava que junto com estas mensagens havia algum tipo de vírus.  E hoje?  Por quê se faz isso?  Há casos de extorsão de dinheiro?

Ah, é claro a internet se sofisticou com o desenvolvimento das redes sociais, cada vez mais atraentes e amigáveis de se utilizar, antigos mecanismos e ferramentas de bate-papo foram substituídos pelo moderno “whatsapp”, apelidado pelos brasileiros de “zap”.

As vezes circulam notícias sobre a morte de gente famosa, ou algum tipo de fofoca e escândalo a respeito delas. Há notícias também sobre coisas incríveis, como tubarões e sapos gigantes, aparecimento de ETs, etc. Sem contar as notícias alarmistas sobre vírus e doenças que o Ministério da Saúde não está divulgando!

As “fakenews” (notícias falsas) também são chamadas de “hoax”, no plural “hoaxes”,  que quer dizer embuste ou enganar, seja como pegadinha, seja como uma das intenções já mencionadas.

Aí a disseminação de notícias, mensagens e informações falsas ficou muito fácil e surgiram então as montagens e criações profissionais de cunho político, tanto da Esquerda, como da Direita, é uma verdadeira competição de falsidade criativa.  Algumas são até bem humoradas, mas a grande maioria um tanto terrorista, estranho dizer, mas neste sentido mesmo as mensagens de tendência direitista são bastante alarmantes e típicas de terrorismo.

Há algum meio de se combater as “fakenews”?  Há interesse das autoridades de combate-las?  Se não há, não seria o papel da mídia fazer maciça propaganda mostrando para as pessoas que não devem acreditar em tudo o que recebem. Que devem questionar, usar o raciocínio crítico, ou mesmo checar o que recebem antes de passarem para a frente?

É notória a preguiça mental que parece acometer a população atual com relação à leitura. O intenso bombardeio de informações que recebemos hoje pela internet, muitas com Imagens que como sabemos “falam mais que mil palavras” parece nos ter tirado o tempo e a vontade de ler até o fim o que recebemos.

A pessoa mal começa a ler a mensagem, puft…já repassou para a frente, muitas vezes sem nem mesmo chegar ao fim da notícia, quem dirá questionar sobre o texto!

Parece que não há fim esta história de disseminação de notícias, fotos e filmes falsos.  Em 2002 surgiu um “site” com o objetivo de verificar a falsidade de notícias, o E-Farsa que alega ter: “…em média 40 mil visitas únicas diariamente….recebemos 150 pedidos de pesquisas por dia.”  Em 2013 surgiu o site Boatos.org que anuncia ter sido criado e mantido por “uma equipe de jornalistas ávidos em descobrir a verdade”.

É interessante a existência de sites assim que estão acessíveis para qualquer pessoa checar uma notícia, mandar um pedido de confirmação de veracidade, ou mesmo se inscrever para receber diariamente a listas de novos boatos.  Ou seja, o “Boato virou até negócio!”.

Dá para se classificar as “fakenews” em tipos?  Cunho político; piada; vírus; pegadinha; terrorismo, etc.? Qual será a evolução deste estado de coisas?  Há alguma diferença entre o que estamos vivenciando no Brasil e o que ocorre nos outros países?

Este é um assunto sério, pois notícias falsas podem ser causa de processos legais contra seus autores e também podem destruir vidas de pessoas inocentes. Devemos ter muito cuidado com o que postamos ou enviamos via internet e até com o que comentamos em outros posts.

São questões que enviei para a jornalista Rose Campos, para serem respondidas pelo Advogado criminalista e especialista em Cibercrimes, Luiz Gustavo Filizzola D’Urso, entrevistado em seu Programa Ecos Do Meio, na Rádio Mega Brasil Online, que irá ao ar segunda-feira (23) às 10h, com repetições na terça-feira (24) às 21h e, na quarta-feira (25) às 14h. Acesse: http://megabrasil.com.br/radiomegabrasil/ para ouvir o Programa Ecos do Meio. Posteriormente o programa deverá ficar disponível no site da rádio.

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Sobre o Autor:

Edison Costa Porto, administrador pela Eaesp/FGV, MBA em Finanças pelo IBMEC-SP, bacharelando em Direito e Jornalismo. Membro da Associação dos Amigos do Museu do Contestado de Caçador, da Associação Cultural Coração do Contestado de Lebon Régis e da ACIJO Associação Caçadorense de Imprensa. Ocupa a cadeira nº10 da Academia Caçadorense de Música. Diretor do Jornal Caboclo.

P.S.: Os conceitos emitidos por artigos ou por textos assinados e publicados neste jornal são de inteira responsabilidade de seus respectivos autores.

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Mensagem do editor:

Textos e imagens de propriedade do Jornal Caboclo podem ser reproduzidos de modo parcial, desde que os créditos autorais sejam devidamente citados.

Comuniquem-nos, por favor, de possíveis correções.

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“Fake news” – Comments & Questions –  Fake news and hoaxes pollute internet and cheat people.

Por Edison Porto

With the start of Internet by 1995, also started the fake news, false mails. That time it was common receiving messages with photos of deformed children, or victim of grave diseases, asking for resending the mail to more people possible. So Appe, or Microsoft would donate some cents by mail sent, to support the child treatment. Several people polluted the inbox of other people with this kind of message.

This kind of “tradition” continues. It is an abuse of goodness, ingenuity and solidarity of people. But why? At the time it was said that attached to such mails there was virus. How about today? Why people do it? Is there cases of extorsion?

Oh! Of course, Internet got sophisticated with the social nets development, becoming more attractive and user friendly, former mechanisms and chat tools were replaced by the modern “whatsapp”, in Brazil called by its nickname “zap”.

Sometimes news informing the death of famous people is spread out, or gossip and scandal related to those people. There are also news about incredible things, such as giant sharks and frogs, ETs visits, etc. Even more panic news about diseases and virus being hidden by the Health Government Entities.

The fake news is also called hoax, or hoaxes, meaning lies and gossips, as a joke, or any other bad intension already mentioned.

Became vey easy to spread out news, messages and false information. Therefore very creative and professional messages also started to politically influence people by the Left, as well as by the Right. A true competition of creative hoaxes. Some with good mood but the greater part a kind of terrorism. Strange to say that but even the messages coming from the Right try to shock people like terrorists does.

Is there any way to impede fake news? Is there authority interest to fight against it? If no, it would be the role of media to make massive campaign showing people to not believe in all messages that is being received. People must be questioning, using their reasoning, or even check messages received before resending it.

It is notorious that population is getting lazy to think when reading.
The intense bombardment of information that we received today through the internet, many with Images that we know “speak more than a thousand words” seems to have taken the time and the will to read until the end what we receive.

The person barely begins to read the message, puft … already forwards it, often without even getting to the end of the news, neither thinking about what is written!

There seems to be no end to this story of spreading news, photos and fake movies. In 2002 it was created a Brazilian site proposed to verify the falsehood of news, the E-Farsa, which claims to have: “… on average 40,000 unique visits daily …. we received 150 requests for searches per day.”  In 2013 started the Brazilian site Boatos.org that announces to have been created and maintained by “a team of journalists eager to discover the truth”.

It is interesting to have such sites available, so anyone may check the news, send a request for confirmation of veracity, or even sign up to receive daily lists of new hoaxes. That is, “Fake news turned into business!”

Can “fake news”  be classified into types? Political status; joke; virus; gotcha; terrorism, etc.?What will be the evolution of this state of affairs? Is there any difference between what we are experiencing in Brazil and what happens in other countries?

This is a serious subject as fake news can be cause of legal process against its authors and can destroy lifes of innocent people. We must be very careful about what we post or send via internet and even what we comment on other posts.

These are questions that I sent to journalist Rose Campos, to be answered by criminal lawyer and cybercrime expert, Luiz Gustavo Filizzola D’Urso, interviewed in his program “Ecos Do Meio”, on Radio Mega Brasil Online, presented Monday (23-april ) at 10am, replays on Tuesday (24) at 9pm and at Wednesday (25) at 2pm. Access: http://megabrasil.com.br/radiomegabrasil/ to listen to the Program Ecos do Meio (in Portuguese). Later to be available in the radio site.

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About the Author:

Edison Costa Porto, Bacharel in Administration by Eaesp/FGV; MBA in Finance by IBMEC-SP; Academic of Law & Journalism. Director of Jornal Caboclo.

P.S .: The concepts emitted by articles or texts signed and published in this newspaper are the sole responsibility of their respective authors.

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