Pandemia e pandemônio nas relações sociais, escreve Ricardo Takeo

O distanciamento social pela doença e pelas ideias

Por Ricardo Takeo

A pandemia não apenas chegou para mascarar fisicamente as pessoas, mas principalmente para desmascarar todas as pessoas sem exceção, deixando claro os intolerantes, os insensatos, ou seja, quem não consegue conversar educadamente com argumentos, mas prefere discutir com xingamentos, numa clara demonstração de ignorância intrínseca e rigidez mental, adotando posições típicas de fanatismo irracional.

Após este verdadeiro pandemônio (isto é, se houver “após” pois não sou Deus para poder afirmar isto), algumas pessoas continuarão em quarentena em relação a outras, durante um tempo que pode durar o resto de suas vidas. É muito triste mas amizades estão sendo desfeitas e mesmo irmãos estão se distanciando, não só para evitar o contágio da doença, mas para evitar o contato com o outro que pensa diferente. Algumas famílias estão se desintegrando, lares desfeitos porque a pandemia as forçou a um convívio que se percebeu impossível.

Tudo isto chegou para a evolução da natureza e da humanidade, onde as pessoas não têm como esconder suas fraquezas, onde o dinheiro, seus carros e casas de luxo não valem 1 centavo, entretanto por um outro lado, um mundo onde o conhecimento e o discernimento para saber usá-lo é o bem mais valioso que um ser humano pode possuir, ou seja, mudaram os valores para o que sempre deveria ser desde quando Jesus Cristo deu sua orientação.

Acresce notar, que existem muitas pessoas que agem com falsidade, egoístas, mentiras sem fundamento, em troca do quê? De afeto, de amor? Não dá para entender o que as leva a isso, mas “suas verdades” estão vindo à tona!

Esta pandemia também nos evidencia que nossa casa é um lugar sagrado, agora todos estão descobrindo que assim como corremos o risco de o vírus entrar em nossa casa, corremos o risco também de nos contaminar na companhia de pessoas que não possuem bons pensamentos. Cada qual percebe que só vale a pena conviver com quem lhe faz e deseja o bem, e com quem lhe traz pelo menos alguma evolução humana, que lhe acrescente algo bom!

Portanto, está ocorrendo a verdadeira seleção natural, de acordo com o livre-arbítrio de cada um, na busca de um convívio saudável. Há que se trabalhar um paradoxo trazido pela tecnologia das comunicações. As redes sociais, como Facebook, Instagram, Whatsapp, Skype, etc., ao mesmo tempo que se provaram excelentes ferramentas de aproximação de pessoas ao redor do planeta, também se provaram como instrumentos de afastamento de pessoas que estão fisicamente próximas.

Este é o desafio moderno: perder tempo esbravejando numa rede social, ou investir tempo para através das redes sociais promover a união, a solidariedade e o compartilhamento de conhecimento e informações úteis para o bem de todos. Inclui-se neste desafio, a dedicação de tempo também para relações pessoais e não apenas virtuais.

Tenho fé! E que vença o Amor e a Compaixão.

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Sobre o Autor: Ricardo Takeo Ishii Porto, paulistano, administrador, bancário, pai de família.

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