Corpus Christi 2018 sem tapete colorido em Caçador SC, escreve Edison Porto
Multidão seguiu a Procissão de Corpus Christi com a mesma emoção de todos os anos.
Por Edison Porto
As celebrações de Corpus Christi começaram em 1264, numa decisão do Papa Urbano IV. A expressão latina Corpus Christi significa literalmente “Corpo de Cristo” e é uma referência à eucaristia, ou seja, aquele momento principal de uma missa católica, quando o padre (bispo, cardeal, etc…) menciona as palavras “Corpo e Sangue de Cristo” simbolizadas pelo pão e vinho que come e bebe, como fizeram os discípulos na Santa Ceia com Jesus, a transformação em sangue e corpo de cristo, um dos mistérios da fé dos católicos. Lembrando que na missa o pão é a hóstia, um preparado de um tipo especial de pão em forma de pequeno círculo.
É uma data festiva da Igreja Católica que ocorre sessenta dias após o Domingo de Páscoa, numa quinta-feira, que foi o dia em que Jesus Cristo celebrou a primeiro sacramento da eucaristia.
A procissão de Corpus Christi representa a caminhada que os hebreus fizeram em busca da Terra Prometida, durante a qual foram alimentados no deserto pelo maná que caiu do céu enviado por Deus, assim como na eucaristia os católicos se alimentam do Corpo de Cristo.
No Brasil, é tradição em várias cidades, enfeitar as ruas com flores, serragens coloridas e outros materiais, formando um verdadeiro tapete, sobre o qual passa a procissão de pessoas a caminho da igreja. Esta tradição em nosso país, se iniciou na cidade mineira de Ouro Preto.
Em Caçador, também é uma tradição que passa pela principal rua da cidade, a Avenida Barão do Rio Branco, onde se localiza o Banco do Brasil e outros bancos. Na verdade, a procissão começa após uma celebração religiosa na Praça Nossa Senhora Aparecida, bem no início desta rua pela qual segue até uma de suas saídas para a Catedral de São Francisco de Assis, onde se encerra com nova celebração na frente de sua escadaria.
Neste ano de 2018, em virtude das dificuldades de locomoção causadas pelo movimento paredista dos caminhoneiros, a Diocese de Caçador decidiu que não se enfeitasse a rua, mas apenas o local inicial e, também, na frente da igreja e sua escadaria, locais que ficaram belamente coloridos.
Mas mesmo com todas as incertezas e agitações dos dias que antecederam o dia de Corpus Christi, formou-se grande multidão, da mesma forma que em anos anteriores, para seguir os sacerdotes, diáconos e coroinhas católicos que tinham a sua frente a joia reluzente em dourado, chamado de ostensório.
O Ostensório, é um objeto litúrgico que tem o formato de raios, porque nele são guardadas as hóstias, “o corpo de Cristo”, a partir das quais a Luz de Cristo se espalha pelo mundo. Há quem o chame erroneamente de Santíssimo Sacramento, mas o Ostensório é o objeto que carrega, dentro dele, o Santíssimo, por isso ele vai à frente da Procissão.
________________________________
Sobre o Autor:
Edison Costa Porto, administrador pela Eaesp/FGV, MBA em Finanças pelo IBMEC-SP, bacharelando em Direito e Jornalismo. Membro da Associação dos Amigos do Museu do Contestado de Caçador, da Associação Cultural Coração do Contestado de Lebon Régis, da ACIJO Associação Caçadorense de Imprensa, do Núcleo de Comunicação da ACIC – Associação Empresarial de Caçador e do Comtur – Conselho Municipal de Turismo de Caçador. Ocupa a cadeira nº10 da Academia Caçadorense de Música. É Diretor do Jornal Caboclo e criador dos Canais IMPRENAUTAS – Informação e Cultura no Youtube.
P.S.: Os conceitos emitidos por artigos ou por textos assinados e publicados neste jornal são de inteira responsabilidade de seus respectivos autores.
______________________________
Mensagem do editor:
Textos e imagens de propriedade do Jornal Caboclo podem ser reproduzidos de modo parcial, desde que os créditos autorais sejam devidamente citados.
Comuniquem-nos, por favor, de possíveis correções.
_____________________________________
