Jornal Caboclo

da região do Contestado, SC

Colunas e Opinião

Coisas da minha mãe, escreve Edison Porto

Uma homenagem pelo Dia das Mães

Por Edison Porto

Todos se recordam de coisas que suas mães falaram um dia, ou que fizeram e ficou como exemplo. Alguns ainda têm o privilégio de estar com elas e dar boas risadas com as brincadeiras delas, dar um abraço apertado, um beijo e dizer: Mãe eu te amo!

Ah! Não me diga que não se lembra das broncas e eventualmente de alguma sova que tomou! É bem provável que uma coisa ou outra sua mãe lhe ofereceu, ou as duas. Mas, sem dúvida nenhuma ela lhe deu a vida e o educou. Do contrário você não estaria me lendo agora! Então diga: Obrigado Mamãe!

Minha Mamãe Célia (Celina)

A minha mãe se chamava Celina Costa Porto, mas demorei muito para saber que o nome verdadeiro dela não era “Dona Célia”, porque desde que comecei a ouvir, era assim que todos se dirigiam a ela, além do papai que a chamava simplesmente de “Célia”, dos primos que a chamavam de “Tia Célia” e dos meus irmãos que a chamavam como eu, Mãe!

Embora morássemos apenas 10 km distantes do marco zero do Centro da Capital de São Paulo, ali no Ipiranga, na minha infância muita coisa era como vejo hoje no interior afora pelo Brasil. As ruas eram de terra, quase não existia iluminação pública e a cidade ainda não era tão cheia de concreto como é hoje. Em casa tivemos patos, galinhas, passarinhos, coelhos e até mesmo um porco.

Pela manhã, minha mãe ia ao fundo do quintal recolher um ovo da pata que eu tomava “in natura”, hahaha crú mesmo!  Não me lembro de ser ruim, não me lembro de reclamar disso, e até hoje gosto de ovo frito mal passado e de ovos mal cozidos, ou seja, ainda moles.  É como uma lembrança daqueles tempos saudáveis…

No quintal tinha um pé de mamona, ela nos ensinou a escolher os talos das folhas que pudessem ser cortados para usar como canudinhos para fazer bolinhas de sabão. Também com os galhos da mamona eu a vi fazer um cachimbo, onde colocava os cabelinhos da espiga de milho para queimar e encher as bolhas de sabão de fumaça. Como era gostoso ver as bolhas pesadas com dificuldade para subir e quando tocavam nalguma coisa… buum…uma explosão de fumaça!

Mamãe com meu pai

Eu não lembro como ela fazia, mas sei que fazia sabão em casa nuns tachos que hoje não vejo mais por ai. Ela lavava toalhas e aventais da barbearia do meu pai, e nesta tarefa usava umas bacias de alumínio bem grandes. Numa dessas bacias ficamos minha irmã Celinha e eu flutuando como num barco, era uma enchente que invadiu nossa casa. Meus irmãos mais velhos Zézinho e Eduardo nos colocaram ali para ficarmos quietinhos até chegar o socorro. Eu teria uns 5 anos e minha irmãzinha um ano mais nova e para nós tudo era diversão, não tínhamos noção da tragédia que era para nossos pais, que perdiam muita coisa e depois tinham um trabalhão danado para limpar a casa e por tudo no lugar. Minha mãe seguia em frente, enfrentava todas as dificuldades com fé em Deus e muito amor pelos filhos e marido José.

Ah…na hora do banho a bacia grande era um bom lugar de fazer farra no chuveiro, mas no inverno eu não gostava não, até hoje sonho com um banheiro com ar condicionado para tomar banho no inverno… brrr.   Eu me lembro dela me esfregando com aquelas buchas naturais e recentemente comprei uma com a qual adoro me esfregar no banho, até mesmo como uma doce lembrança dessas coisas da minha mãe.

Tem coisas que minha mãe deve ter aprendido com a mãe dela, minha adorada Vovó Rosa que se foi quando eu tinha uns 13 anos. Mas muita coisa que ela nos passou, talvez tenha sido fruto de invenção e criatividade dela. Seja de onde for que ela tirava seus ensinamentos para nós, eles vinham com muito amor. Sempre vi minha mãe como uma sábia. Mamãe me deu força e apoio sempre, em tudo, seus abraços e beijos eram mágicos!

Mamãe, eu e minha irmã Celinha de pé no banco, nossos amiguinhos da vizinhança na casa onde passamos nossa infância, próxima ao Riacho Moinho Velho que às vezes a invadia, Rua Belgrado 115, Ipiranga, Capital de São Paulo/ Data estimada entre 1959 e 1960

Uma dessas coisas que não sei de onde ela tirou, era o nosso vinho de criança. Nem sempre tinha dinheiro de sobra para comprar refrigerantes e acho que nem o “QSuco” era frequente em casa. Mas tinha dias que para acompanhar o almoço ela dizia, vamos preparar um vinho:  Colocava um pouco de vinagre no copo de cada um, completava com água, mexia com açúcar e “voilá”, um vinho baratinho estava pronto para ser tomado.

Recentemente eu estava sozinho em casa e não tinha refrigerante nem chá (que é o que mais tenho tomado). Não tive dúvidas, fazia tempo que queria relembrar o “vinho da mamãe”, coloquei um pouco de vinagre no meu copão, completei com água, coloque açúcar e feliz fui tomar…Bah…que forte! Não consegui tomar, o vinagre de vinho colonial que usamos em Caçador é muito forte, talvez por isso a receita não tenha dado certo de primeira, eu me lembro que ela usava um tal Vinagre Palhinha.  Para não perder experiência, tive que dividir em outro copão para diluir com mais água e mais açúcar,  tomei tudinho, afinal eu não podia jogar fora esta lembrança tão gostosa da minha querida mamãe.

Mamãe me deixava alinhado!

Ainda estou para fazer outra bebida que às vezes ela preparava para acompanhar o almoço. A Soda Limonada!  Ela espremia limões para fazer uma limonada, onde acrescentava açúcar e, se não me engano, bicarbonato de sódio, para imitar as bolhas de gás da Sodinha vendida na Coap (merceraria) onde comprávamos.

Num outro artigo falando da minha mãe eu contei as curas mágicas do cuspe dela! Esfolava o joelho ou o cotovelo numa queda, ela passava cuspe, soprava e me dava um beijo e falava: “Pronto, tá curado!”  E sempre funcionou bem, parava de doer na hora…rs

Eu tinha umas enxaquecas que com a idade sumiram, era uma coisa inexplicável que começava com um “deja vu”. Por exemplo, eu voltando da escola primária, passavam alguém por mim, um carro buzinava, um cachorro latia e eu pensava “já vi e ouvi esta cena”, aí me dava umas tonturas, e começava a enxergar manchas coloridas atrapalhando a visão e vinha uma dor de cabeça terrível. Tratamento da mamãe: “Chá de Losna com Macaé e sal”, não sei o que são essas plantas, mas era muito ruim, eu tomava forçado, vomitava quase as tripas e caia num sono profundo, acordava bonzinho da silva. Sei lá eu de onde minha mãe tirou esta poção mágica!

Bem, eu também já contei que ela me ensinou a usar o meu cuspe para fazer uma cruz no braço, ou qualquer parte do corpo dormente. A dormência sumia de imediato!

Uma coisa bem legal que ela me ensinou e, lógico, passei para meus filhos e até alguns amigos, é como acabar com pesadelos. Acordava assustado correndo pra cama dela com um pesadelo, ela me levava para a cama de volta e dizia: “Meu filho, tudo bem, é só você virar o travesseiro do outro lado que o pesadelo vai embora!” – É não é que funcionava!  Aliás, funciona até hoje. Muito embora hoje a minha pesquisa sobre sonhos e viagens astrais afastem o incômodo de pesadelos, eu sei que se quiser acabar com um:  “é só virar o travesseiro!”

Meu casamento com Takako Ishii: Meus pais, meus irmãos Zézinho e Eduardo, minha cunhada Ana Maria e tias e tio da Takako/ Fim da festa 28/ago/1976 – Naquela época eu imagino que minha mãe dividia o sentimento de alegria, com a tristeza de que o último filho saia do ninho!

Onde morávamos eu mencionei que ocorriam enchentes que muitas vezes invadiam muitas casas, inclusive a nossa. Então sempre tivemos receios de tempestades. Quando o céu escurecia, ela já sabia se iria ser ruim quando as nuvens vinham de determinado lado, não lembro os detalhes, mas ela sabia. Uma das coisas para espantar a tempestade era “jogar sal no quintal”. Isto também sempre funcionou, porque por pior que fosse a tempestade, ela seria muito pior se a gente não tivesse jogado o sal né!  Não sei de onde minha mãe tirou isso, talvez tenha aprendido com os japoneses da fazenda onde morou quando criança, porque eu sei que os japoneses, por exemplo, quando vão lutar Sumô, jogam sal para afastar a má sorte, os maus espíritos ou algo assim…

Vovó Rosa de quem minha mãe herdou as habilidades de uma mãe maravilhosa!

A minha mãe era uma mulher das mil prendas, fazia de tudo. Foi cabelereira, costureira, lavadeira, artesã e cozinhava que era uma maravilha. Aos sábados e domingos nossa casa era sempre cheia de amigos dos meus irmãos e meus. De primos e visitas que aproveitavam alguma desculpa para, na expressão do meu pai, virem “filar a bóia”. 

Todo mundo adorava os seguintes pratos que ela fazia: feijoada; bacalhoada; lasanha; macarronada; arroz de forno; carne assada na panela com batatas coradas, garbanço (grão de bico na panela de pressão com costelinha de porco e legumes).  Nas sobremesas tinha sagú (que vim reencontrar morando em SC); arroz doce; pudim de leite; gelatina e coisas assim que as mães continuam fazendo.

Além de deliciosos bolos que algumas vezes eu e a Celinha ajudávamos a enfeitar com aqueles bicos de fazer figura com glacê, ela usava restos de pão para fazer um pudim que era muito gostoso. Ela fazia bolo ou torta de banana, uma delícia. Bolinho de chuva e rosquinhas. Ah, as rosquinhas, tanto a Celinha, como a prima Ivone se lembraram delas quando eu lhes passei o rascunho deste texto.

Entre os pratos que fazia só para nós em casa, tinha um que chamávamos de “Testa do Pai” (acho que porque lembrava quando ele franzia a testa). Era uma sopa de feijão com macarrão, ou a sobra dela que ela dava uma fritada, e ficava um prato diferente que até hoje nunca vi ninguém fazer. Era coisa da minha mãe!

Meu primogênito, Ricardo Takeo se deliciando com a macarronada de mamãe.

Quando a gente comia galinha, frango, galo, enfim uma dessas aves, ela sempre falava para guardarmos “o jogo”, quem me lê deve conhecer aquele osso da galinha que forma um V.  Ela deixava secar, e depois dois disputantes segurando em cada lado puxavam e ganhava quem ficasse com o “jogo” mais completo (com o vértice).

Quando minha mãe estava costurando na máquina dela, eu e minha irmã brincando por perto, ela mantinha uma varinha de chorão (salgueiro) perto dela, e ai de alguém fazer bagunça, ou aprontar alguma traquinagem, aquela varinha vinha buscar a gente longe… “chilépe”… era doído e ficávamos quietinhos bem rapidinho!

Também levei algumas chineladas tanto dela, como de meu pai.  Hoje em dia meus filhos iriam procurar o Conselho Tutelar! Mesmo com os castigos de outrora, sempre amamos nossos pais e sabíamos que a gente merecia o castigo dado e com o tempo, percebi que acabava doendo mais neles do que na gente.  Que infância maravilhosa tivemos!

Minha mãe conhecia a Bíblia, quando jovem frequentou assiduamente a Igreja Presbiteriana, seus pais e irmãos eram todos de denominações protestantes, Metodistas, Adventistas, Nova Apostólica, etc.. Ela, e também meu pai, católico, nos passavam muitos ensinamentos cristãos.  Ele rezava, mas ela nos ensinou o poder da oração, a conversa íntima com Deus.

Mamãe com meus filhos André, Takeo e Lia

A primeira oração que aprendi da minha mãe foi:  “Com Deus me deito, com Deus me levanto. Amém!”  muito simples mas de grande poder e que ainda hoje eu as vezes me pego repetindo, alternando com os mantras que mentalizo e as orações que faço hoje do meu jeito.

Minha mãe foi mesmo uma pessoa sábia, uma tia amada por seus sobrinhos, uma conselheira para eles e para muitos amigos da família. Adoro sonhar com ela e sei que ela está com anjos sempre ao lado dela.

A mãe me curou de um monte de coisas. Das pedradas na cabeça que me faziam chegar chorando ensanguentado a ponto de assustá-la. Dos pés furados com prego, ou cortados em cacos de vidro. Da barriga queimada ao me encostar no ferro de passar roupa. Além das gripes; tosses; lombrigas; caxumba; sarampo e catapora.  Quanta preocupação e trabalho devemos ter dado à mamãe! Claro ao meu pai também, mas a nossa “enfermeira-curandeira” era ela.

E se dei muito trabalho para minha mãe, ela ainda tinha a caçulinha, Celia Maria, que sempre inspirava mais cuidados com a saúde. Tinha os cuidados com meus dois irmãos mais velhos, quando eu e ela éramos crianças, eles já eram de adolescentes para adultos, com outros tipos de desafios para ela. Eduardo 7 anos mais velho que eu. O Zézinho (Eugênio José) 11 anos mais velho, o primeiro a se casar e sair de casa. 

Além dos quatro filhos que ela fez, adotou o Xande (Alexandre José) quando ele tinha 8 meses e eu uns 12 ou 13 anos.  Mas bem antes dele, ela por bom tempo ajudou meu tio Albino com os filhos dele, Irene, Wilson (os mais velhos); Ivone e Bininho os mais novos que foram praticamente criados comigo, ele um pouco mais novo e ela um pouco mais velha do que eu. Todos a consideravam como mãe também.  Tenho saudades gostosas da minha infância e sou grato a Deus por tudo, principalmente pela maravilhosa mamãe que tanto me ensinou.

Pedi para minha filha, Lia Tie, o que se lembra da avó? Ela me disse: “A vó fazia um bolo de brevidade que nunca mais vi, formava uma casquinha crocante por cima. O café preto com pão e manteiga (uma margarina com nome de Mesa). Um biscoito caseiro compridinho, que depois tio Eduardo aprendeu fazer. O chá mate gelado. A lasanha. Um pacote de bala de hortelã que ela escondia num armário na sala. Ela gostava de me faze chorar…me beliscava..rs. E assistia a Porta da Esperança.” (De fato, desde que compramos aparelho de Televisão, lá por 1961, minha sempre gostou de assistir “Silvio Santos” até o fim da vida).

Outra coisa que a Lia lembrou, mas não é das coisas de quando eu era criança, mas sim já com os netos, é que minha mãe imaginava histórias das pessoas na rua: “Olha lá, aquela ali teve um dia difícil e agora tá chegando em casa e vai ter que fazer isso e aquilo, e blá, blá, blá….” e por aí vai, inventava uma história completa sobre o que estava acontecendo com a pessoa! “Espia, aquela ali não é a mulher dele.” E a gente ria muito com a história que se seguia. Agora penso que minha mãe poderia ter sido uma ótima escritora, porque sempre foi uma maravilhosa contadora de histórias.

A prima Ivone que quando criança ficou um tempo em casa, também me passou suas lembranças das coisas da minha mãe: “A tia fazia uma sopinha de pão picado com café com leite, acrescentava um pouco de manteiga e dava para os filhos antes de irem para a escola. Era uma pessoa de um otimismo contagiante e de um humor admirável, a sua companhia era sempre prazerosa. Sempre fez questão que seus filhos andassem com roupas limpas e bem passadas, literalmente alinhadas. Ela mesma fazia vestidinhos lindos para a Celinha e para mim.”

E a Ivone continua: “O domingo era dia de macarronada deliciosa, com carne assada na panela com batatas e sempre tinha salada de alface com tomates. No jantar de quartas-feiras nos servia croquetes de batata (bolinho de batata recheado com carne moída), uma delícia!”

“A tia Célia era vaidosa, fazia permanente nos cabelos e usava um bom batom nos lábios. Ela se mantinha atualizada. Tinha um carisma dinâmico, nada podia ficar parado perto dela, tudo se movimentava, era preciso estudar, trabalhar, ou brincar!”

“Ela preparava o Natal com antecedência, comprava presentes não só para os filhos, mas para os sobrinhos também, por mais simples que fossem, mas ninguém ficava sem presente. Ela nos ensinou a deixar um par de sapatos em baixo da árvore de natal e na véspera íamos dormir cedo, para acordar bem cedo no dia 25 de dezembro e corrermos todos para ver o que o Papai Noel tinha deixado nos sapatos de cada um. Era uma festa!”

O meu primo Wilson, também me falou da mamãe: “Tia Célia nunca foi uma tia formal, ela se dedicava de coração a todos nós, muito séria, às vezes brava, mas muito amável e controlada. Sempre que estávamos adoecidos, meu pai, desquitado muito cedo, nos levava para ficar com ela. Muitos primos, sobrinhos do lado dela, e também, sobrinhos do lado do Tio José, foram, como eu e meus irmãos, agraciados com o carinho e dedicação da nossa querida Tia Célia.”

Se eu fosse entrevistar as noras dela e outros primos,  relembraria de muito mais “coisas da minha mãe”, mas encerro este artigo com muito amor e gratidão a minha mamãe e uma homenagem a todas as mães do mundo.

Obrigado minha amada Mamãe Célia!

Celina Costa Porto, Feliz Dia das Mães!

Obs: Conheça também o meu primeiro artigo sobre minha mãe, escrito no Dia das Mâes de 2019, nele eu conto sobra a origem dela…

Minha mãe me ensinou amar, escreve Edison Porto

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Sobre o autor: Edison Porto, administrador pela Eaesp/FGV; MBA em Finanças pelo IBMEC-SP, bacharelando em Direito e Jornalismo; Técnico em Agronegócio pelo SENAR SC; Membro da Associação dos Amigos do Museu do Contestado de Caçador, da Associação Cultural Coração do Contestado de Lebon Régis, da ACIJO  Associação Caçadorense de Imprensa e do Núcleo de Comunicações da ACIC Associação Empresarial de Caçador. Membro dos Conselhos Municipais de Turismo e de Cultura de Caçador. Participa da ONG Gato-do-Mato. Ocupa a cadeira nº10 da Academia Caçadorense de Música. Editor do Jornal Caboclo.

P.S.: Os conceitos emitidos por artigos ou por textos assinados e publicados neste jornal são de inteira responsabilidade de seus respectivos autores.

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