Quarentena, escreve Sara Haymussi

Estou com medo, mas não estou só

Por Sara Haymussi

Eu continuo em quarentena, pois ainda estou com receio, e porque não dizer “com medo”, de ser atacada pelo corona vírus assim que colocar os pés na rua. Claro que nem todos estão preocupados como eu, pois basta ver a quantidade de carros que passam pela minha rua, pelos barulhos e pelas conversas que ouço. Mas não somos iguais e pensamos de formas diferentes e isso nos enriquece, nos tornando produtivos e criativos.

Se você sente medo, não está sozinho. Mesmo isolados, estamos cercados de pessoas com as mesmas preocupações. Sentimos medo de algo que invadiu nossas vidas e está determinando o que podemos e o que não podemos fazer, afinal estamos lidando com a possibilidade da finitude e isso causa um sentimento já de luto. É pensar, intuir e perceber que esse momento pode chegar à nossa revelia. E então queremos nos preparar para qualquer situação que tenhamos que enfrentar e vamos nos antecipando, seguindo limpando tudo, fazendo uma faxina na casa e na mente, deixando os documentos organizados e as senhas todas escritas. Seria exagero meu? Ou com você também acontece dessa forma?

Em um grupo terapêutico, alguém disse: “estava com muito medo, mas acho que era medo daquilo que ainda era desconhecido, e agora que conheço os perigos, já me sinto mais tranquilo”.  Parece que já está passando, pois o tal do vírus não chega em momento algum. E se você se sente um pouco mais tranquilo, a sua quarentena já não é mais uma quarentena, pois ela se estende para as ruas, para os parques, para encontros com amigos, mas poucos amigos. Porque esse isolamento é antagônico, quando desejo estar em contato com o outro e, ao mesmo tempo, tenho medo desse outro, que pode me passar o vírus!  Então eu lavo as mãos com sabão o tempo todo, e também, uso álcool gel, e o faço várias vezes por dia, mesmo que não vá para a rua, pois o vírus pode estar no ar, do meu lado, vindo com o vento.

Então cada um procura sua melhor forma de afastar o que é ruim, afastar o medo, influenciado ou não pela mídia, mas sempre de acordo com sua crença, na sua fé, naquilo em que acredita e em meio a muitas orações, muitas meditações, vamos determinando nosso próprio destino, fazendo tudo que ouvimos falar: acendemos vela dos sete dias, incensos, limão com água quente, balinha de gengibre, copos de água, pano branco na porta, água sanitária no chão e tapetes recolhidos… Que por enquanto as visitas não chegam mais.

Você pode fazer tudo aquilo que lhe faça se sentir melhor, desde que você tenha certeza de que se não lhe fizer bem, mal não lhe fará. Mas olha, tome cuidado com as notícias falsas, as tais “fakenews”. Seja inteligente e se tiver dúvida não passe adiante, procure se informar, consulte os sites que desmentem notícias falsas, ou simplesmente siga as recomendações do Ministério da Saúde.

Envie mensagem para (24) 9 8803-2071 para participar do grupo de meditação via ZAP

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Sobre o Autor: Sara Haymussi Sales,  Natural de Caçador (SC), formada em Piano e em Musicoterapia no Conservatório Brasileiro de Música (CBM) no Rio de Janeiro (RJ) e em Psicologia no Instituto Brasileiro de Medicina e Reabilitação (IBMR) também no Rio de Janeiro (RJ) – Professora de Piano OMB 33442; Psicóloga CRP-SC 18627 e Musicoterapeuta AMT-SC 033/2019, Associada da Apsic – Associação de Psicólogos de Caçador, Pianista, Ocupa a cadeira nº 14 da Academia Caçadorense de Música – Atendimento a domicílio cel/whatsapp (024) 98803-2071 – E-mail: sarahay.psi@gmail.com

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