Até breve mamãe, escreve Edison Porto

Mensagem para quem se despediu de um ente querido

Por Edison Porto

Caro Amigo Sandro:

                Toda despedida é triste e esta é a mais triste de todas, eu já a senti várias vezes, como ao me despedir de vovó; de meus pais; irmãos; tios; sobrinhos e muitos amigos. Este é um dos pesos da longevidade, com o tempo a quantidade de despedidas aumenta, por outro lado aumenta também o nosso entendimento e sabedoria.

                Quando nos despedimos de alguém que viaja de mudança para longe, ainda que para o outro lado do planeta, ficamos tristes, mas sabemos que por mais difícil que seja, poderemos ir lá um dia visita-la, ou a pessoa poderá voltar para um abraço. Além disso, sabemos que para amenizar as saudades, enquanto esta chance não ocorre, podemos usar da tecnologia para conversarmos e até nos vermos, não importa a distância.

                Porém, quando alguém parte para uma dimensão desconhecida da grande maioria de nós, esta ignorância nos faz sentir tanta dor que chega a ser quase insuportável. É o sentimento de não poderemos mais conversar, fazer uma pergunta, contar alguma coisa, dar um abraço, um beijo.

                Para mim não faz sentido sermos apenas alguém por um dia, alguns meses, sessenta anos, ou até mais de cem anos e, de repente, desaparecermos, como vemos acontecer ao longo de nossas vidas com outras pessoas.

                Por isso, estudando as religiões, filosofias, os sábios e avatares que por aqui passaram, com Jesus Cristo, Buda, Lao Tsé e outros. Eu creio na vida eterna e compreendi que esta fração de tempo que se vive aqui, seja por apenas dias, poucos anos, ou como sexagenários, ou mesmo centenários, não é absolutamente nada dentro da vida eterna que Deus nos deu.

                Aprendi com estudiosos mais dedicados e experientes do que eu, que nossa jornada evolutiva tem sentido em ser de fato eterna.

                Aprendi que quando alguém que amamos passa por esta transição de uma fase da vida para outra, o melhor que podemos fazer para ajudá-la neste processo, é lembrarmo-nos do seu sorriso e dos bons momentos que tivemos, é transmitirmos a ela nosso amor em pensamentos alegres, como no abraço, na conversa e nos beijos que dávamos sempre que nos encontrávamos.

                Em pouco tempo você a encontrará em seus sonhos, em seus devaneios de boas lembranças e, com toda a certeza, em viagens astrais que você poderá ou não se lembrar quando delas acordar.

                Caro amigo, tenha fé! Porque o reencontro é certo, um dia você, eu e todos que me leem, passaremos por esta transição também. Para ela eu me preparo buscando esclarecimento, fazendo o melhor que posso no presente, porque o passado já foi, e se pensarmos bem: o futuro nunca chega!

                 E quando estivermos fora dos grilhões do mundo material, tudo será compreendido e as razões que hoje desconhecemos, ficarão claras como a Luz!

                                Meu abraço fraterno e minha prece para que sua mamãe se recupere logo do lado de lá, e que você fique em Paz e feliz com o Amor que o une a ela e a todos.

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Nota do Autor: Esta mensagem é dedicada a todos que perdem a convivência imediata com alguém que ama. Ela está direcionada ao Sandro, porque foi inspirada ao ler a mensagem do cantor e músico Sandro Dhiacanga, em Nosso Grupo de whatsapp:

“Amigos. A vida é feita dos mais variados tipos de emoções e sentimentos todos os dias! Infelizmente hoje eu e minha família estamos muito tristes. Perdemos a nossa querida mãe, D. Amália. É a vida!!! Um abraço a todos.”

 Não conheci D. Amália, mas sou grato a ela por ter trazido a este mundo um amigo gentil que com sua arte faz música e canta mensagens de alegria e amor, fato que me dá a certeza de quão boa mãe foi e que ela está bem recebida de volta ao Lar.  Conheça seu trabalho em:

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Sobre o autor: Edison Porto, administrador pela Eaesp/FGV; MBA em Finanças pelo IBMEC-SP, bacharelando em Direito e Jornalismo; Técnico em Agronegócio – SENAR SC; Membro da Associação dos Amigos do Museu do Contestado de Caçador, da Associação Cultural Coração do Contestado de Lebon Régis, da ACIJO  Associação Caçadorense de Imprensa e do Núcleo de Comunicações da ACIC Associação Empresarial de Caçador. Conselheiro Municipal de Turismo e de Cultura. Ocupa a cadeira nº10 da Academia Caçadorense de Música. Editor do Jornal Caboclo.

P.S.: Os conceitos emitidos por artigos ou por textos assinados e publicados neste jornal são de inteira responsabilidade de seus respectivos autores.

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