Jornal Caboclo

da região do Contestado, SC

Colunas e Opinião

Midia Training, escreve Rose Campos

Uma Comunicação Sustentável

Por Rose Campos

Manter um bom relacionamento com a imprensa hoje é um procedimento que vai bem além de se ter uma boa oratória e o conhecimento sobre o seu negócio, mas sim, como o seu negócio se relaciona com a sociedade local e global; sua transparência diante de seus stakeholders (partes relacionadas) e a consciência sobre a sua reputação no mercado.

Partindo dessa premissa, o negócio de qualquer empresa é gerar lucro, não estamos falando de filantropia, e não há nenhum mal nisso, porém é necessário saber sobre o impacto social e ambiental gerado na produção do mesmo para “obter lucro”. Métricas bem estabelecidas e acompanhamento dos negócios: O que de fato a companhia realiza é o que ela diz que está fazendo? Suas produções atendem aos critérios das agendas de sustentabilidade, ASG ou ESG e ODS? (as famosas siglas do desenvolvimento sustentável e atenção da gestão com o meio ambiente e a responsabilidade social).

Essas são questões bases de diretrizes de uma entrevista hoje, ou seja, tratando qualquer assunto e área de interesse da mídia, a mesma irá querer saber, de uma forma ou outra, o quanto a empresa está comprometida e alinhada com uma agenda de sustentabilidade e, portanto, com o desenvolvimento social e compartilhado em sua comunidade local para o global.

Sendo assim, saber conduzir esses termos dentro de uma boa comunicação será um grande facilitador de exposição salutar da empresa para o mercado. O assunto ainda é “novo” – A comunicação alinhada às agendas de Sustentabilidade e ASG – porém já nasce com um grau de exigência para a sua compreensão e atuação, tanto no mercado local quanto no global, que exige de nós brasileiros, por vivermos em um imenso País tropical e com tanta diversidade, maior entendimento e “domínio” sobre essa pauta. Aliás, uma importante estratégia de comunicação para unir a organização a seus colaboradores ou aos seus stakeholders. Afinal, a comunicação é o principal ativo de uma empresa e deve ser tratada como a melhor estratégia, pois…

“Ninguém gosta daquilo que não conhece” (ditado popular) e isso é uma realidade, principalmente, no meio empresarial…

Aqui, portanto, estamos nos referindo ou tratando de uma comunicação integral, que envolve a fala, a escrita, a postura e até mesmo as suas atitudes, crenças e valores no que se é (a sua porção verdade) e não no que se diz ser, pois essa comunicação será fundamental para o fortalecimento ou enfraquecimento de nossa marca (marcas ou pegadas sociais) e de nossa reputação…

“Em todos os aspectos de nossas vidas, estamos sempre nos perguntando: Qual é o meu valor? No entanto, acredito que a dignidade é nosso maior valor.” Oprah Winfrey

Desse modo, uma boa comunicação empresarial é o primeiro passo para muitas conquistas entre a empresa e o mercado local e o global. Porém, para a eficácia e amplitude dessa comunicação é fundamental a compreensão sobre a dimensão “desse poder” em uma sociedade sustentada e compartilhada (muitas vezes bombardeada) por informações “online”, imediatas. São centenas e milhares de informações por minuto a serem decodificadas (além das separações do joio e do trigo, ou seja, das verdades e mentiras) e ecoadas para toda a Sociedade com reponsabilidade, discernimento, conhecimento e, principalmente, aliada às agendas e políticas do Ambiental, Social e da Governança – ASG .

Sendo assim…

1- O que falo é o que a empresa pratica?  

2- As exigências do mercado chegam até mim?  

3- Eu compreendo essas exigências?  De que maneira? 

4- Como transformo essas exigências e as coloco em prática?

5- Afinal… Como vai a sua comunicação?

Peter Drucker, considerado o pai da gestão, avalia que falhas e ruídos de comunicação são responsáveis por 60% dos problemas corporativos e isso, dentro de uma perspectiva apenas interna da empresa.

Hoje, portanto, diante de uma agenda mundial (ODS e ESG) que exige novos comportamentos das empresas e de seus colaboradores de dentro para fora, nunca foi tão importante a maneira de se expressar, com segurança, objetividade e verdade, diante das câmeras, diante do mundo.   

Elementos como o rádio e a televisão ainda são figuras importantíssimas na difusão da comunicação e da informação. A televisão, por exemplo, é responsável, até o presente momento, por ditar comportamento e impor padrões a grande parte da população; já o rádio faz parte do nosso cotidiano, integrando pessoas e tecnologias. Porém, com a entrada de novos protagonistas tecnológicos (da revolução digital ao metaverso) e uma nova geração de “consumidores”, o cenário da comunicação vem se alterando de forma exponencial e assim, aumentando a capacidade de disseminação da informação e introduzindo grandes modificações sociais.

Sendo assim, será que estamos preparados ou estamos nos preparando para acompanhar o ritmo exigido por essas mudanças? Sem preconceitos, sem intolerâncias, mais abertos às novidades e com o poder de refletir e dialogar com seus pares, desse modo, com certeza, surfaremos nessa onda de evolução e desenvolvimento, com a maestria de um “velho marinheiro” que conhece o mar. Basta estarmos abertos para, em momentos ensinar, porém, em grande parte do tempo, aprender. Aprender a surfar sobre essa onda, ou “sopa de letrinhas”, que a atualidade nos impõe será imprescindível para caminharmos rumo a evolução, e de modo amplo, de nossas comunicações.

É sempre bom lembrar a etimologia da palavra comunicação, que tem sua origem no latim “communicare”, tornar comum, que significa trocar opiniões, associar e conferenciar. No contexto jornalístico, comunicação define, portanto, a capacidade de interação que a produção dos mais diversos produtos midiáticos permite com o homem e, no contexto dessa comunicação frente às agendas de sustentabilidade, o maior desafio será apresentar, diante dos diversos stakeholders, os nossos compromissos com transparência no ouvir e falar verdades. Afinal, o planeta clama por soluções e elas passam pelos nossos meios de comunicação sustentável.

Nota do Editor: Para conhecer mais sobre as siglas mencionadas neste artigo, conheça também, da autora Rose Campos, o artigo:

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Sobre a Autora:  Rose Campos é jornalista, palestrante, escritora, poeta e apresentadora do Programa Ecos do Meio, na Rádio/TV Mega Brasil. É fundadora da Ecos do Meio Comunicação, entidade que tem como objetivo promover diálogos e ações de conscientização sobre as questões socioambientais e o destino correto, assim como sua transformação em arte, do ‘lixo social’. Contato:  ecosdomeio@hotmail.com  whatsapp (11) 9 7985-4578.

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P.S.: Os conceitos emitidos por artigos ou por textos assinados e publicados neste jornal são de inteira responsabilidade de seus respectivos autores.

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