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Colunas e Opinião

“A internet como agente de mudança nas relações comerciais”. Por Wagner Carlos Mariani

por Wagner Carlos Mariani

A atual crise em que vivemos tem suas propriedades, sendo que as famílias procuram reduzir ao máximo seu consumo. As indústrias e os poderes públicos retardam seus investimentos, contribuindo também para a queda da demanda. Os juros não são convidativos levando as pessoas a evitarem o financiamento e consequente endividamento.

Todos estes desafios impactam diretamente a atividade comercial e podem colocar a atividade em perspectiva negativa. Mas é importante lembrar que este contexto de dificuldades é sazonal, de modo que nenhuma crise dura para sempre. Com o tempo os problemas serão mitigados e é preciso estar preparado para enfrentar qualquer desafio.

Existe, no entanto, uma mudança muito grande e muito importante ocorrendo agora nas relações comerciais e que será permanente. Esta mudança diz respeito ao uso da internet como ferramenta de propaganda, mas também de vendas. A princípio, temos o óbvio: as vendas realizadas pela internet podem atingir qualquer pessoa no mundo e não apenas o público nas proximidades de um ponto comercial físico em sua cidade. Além de ser mais cômodo para as pessoas que podem comprar de sua própria casa.

No entanto, existem mais implicações do que apenas o alcance geográfico de consumidores. Uma vez que está atingindo um público maior, e consequentemente aumentando as vendas, o estabelecimento que faz uso do comércio pela internet acaba por adquirir mais produtos do seu fornecedor, aumentando seu poder de barganha. E comprar por um bom preço é o primeiro passo para poder vender por um bom preço.

Muitos consumidores passam então a adquirir seus produtos pela internet não pela comodidade, mas pelo preço que somente um estabelecimento que adquire grandes lotes de produtos pode oferecer.

Mais tarde um comerciante de sucesso na internet pode abrir mão de uma sala bem localizada, e cara, na área urbana, por um centro de distribuição em um local mais barato, em uma rodovia por exemplo. Esta redução de custos também é parte da equação que barateia o produto para o consumidor final. Neste ponto o comerciante está abrindo mão de sua loja física ou ao menos de uma filial de sua loja física para dar espaço ao comércio eletrônico por meio da internet.

Nos dias atuais, as organizações que tem um comércio eletrônico mais consolidado estão criando aplicativos para mobile (celular ou tablet), tornando a venda pelo site apenas uma opção. O aplicativo pelo celular torna mais prática a compra especialmente do comércio que o disponibiliza.

A relação do comerciante varejista com o atacadista também está sendo transformada pela internet. Existem na internet fornecedores chineses que consideram venda de atacado (as destinadas à revenda), lotes com dois ou três produtos. As distribuidoras, provavelmente, também devem mudar sua relação de comércio, considerando conceder preços especiais apenas a lotes cada vez maiores.

Levando em conta tudo isto, o comércio físico pode acabar dividido em três categorias: o comércio agregado a um serviço, como o vidraceiro que vende o vidro e também o serviço de instalação do mesmo, entre outros. Os gêneros que exigem urgência, como as farmácias, em que um doente não pode aguardar a entrega para ser medicado. E finalmente os comerciantes que decidem montar um comércio eletrônico, muitas vezes em paralelo com sua loja física.

Pensando nesta categoria de comerciantes, o curso de Ciência da computação do Instituto Federal Catarinense, em Videira, tem tomado um cuidado especial na formação de seus alunos, no que diz respeito ao desenvolvimento WEB (páginas para internet) e no desenvolvimento de aplicativos mobile para dispositivos como celulares e tablets.

Nossos alunos que decidem seguir esta atividade, dentre as outras que são preparados no curso de Ciência da Computação, tem conseguido guiar no exercício de sua carreira profissional, os mais diversos empreendimentos, tanto no âmbito da infraestrutura como no desenvolvimento do software necessário para que as empresas entrem no mundo das vendas pela internet.

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Sobre o autor:

Wagner Carlos Mariani, coordenador do Curso de *Ciência da Computação, professor mestre em Informática. *Ingresso no curso de Ciência da Computação

O curso Ciência da Computação do IFC é gratuito e tem duração de quatro anos. Para ingressar neste curso é preciso fazer a prova do Enem e posteriormente se inscrever no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Governo Federal. O Sisu tem um cronograma próprio, mas normalmente as inscrições ocorrem no mês de janeiro de cada ano.

Sobre a coluna “IFC: Educação para todos”:

Este é um espaço de discussão de temas relacionados à Educação Pública, Sociedade, Profissões, Cursos, Ciência e Tecnologia. Toda semana um assunto diferente será abordado por professores e técnicos do IFC Videira. Tem sugestão de temas que gostaria de ver aqui? Mande sua ideia para comunicacao@ifc-videira.edu.br

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P. S. : Os conceitos emitidos por artigos ou por textos assinados e publicados neste jornal são de inteira responsabilidade de seus respectivos autores.

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Mensagem do editor:

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