Jornal Caboclo

da região do Contestado, SC

Colunas e Opinião

Com outros olhos para as vidas no Planeta, escreve Rose Campos

Os R’s da Preservação da Vida: Respeitar, Reaproveitar, Reutilizar, Reinventar, Repensar, Ressignificar e Reciclar Atitudes, para, desse modo, conquistarmos a Resiliência Ambiental, com foco na gestão do lixo e a nossa compreensão e comprometimento sobre sua correta destinação.

Por Rose Campos

É fato que se encontra, ainda, distante da maioria da população a compreensão da importância do destino correto do ‘lixo’ e dos ‘resíduos’ em todo o Brasil. Isso é uma falha em nosso programa de comunicação e educação ambiental. Sim, ainda temos lacunas a serem preenchidas neste vasto campo que envolve o nosso meio ambiente. Não estamos aqui para culpar ninguém, mas para salientar ações que ainda necessitam de maior investimento por parte de todos os poderes.

Partindo, portanto, da compreensão de que não existe o ‘jogar fora’ e, muito menos, ‘passe de mágica’ para sumirmos com o ‘lixo’ gerado por todo o mundo, nos tornamos cúmplices do desenvolvimento ou do retardo social nesse setor. Lembrando, ainda, que estamos conectados pelo Planeta Terra que já possui em sua órbita um vasto rastro de ‘lixo espacial’.

Pois é, temos que observar as nossas pegadas!

Mediante a isso, nosso ‘Ecos’ questionou, nesse ano de 2020, um ano divisor de águas, sobre os nossos caminhos e pegadas… A devastação das matas e florestas, a perda de habitat animal, a lama que engole os rios e o lixo que se camufla de paisagem em todas as estações. O homem que queima a floresta e o homem que queima utensílios por julgá-los inúteis em espaços sedimentados e visões concretas de que está gerando um bem para a sociedade. Na verdade, são homens que ignoram a realidade! Afinal, ‘estou apenas eliminando o que era um problema de ocupação de espaço’, pensa ele. E com esse mesmo pensamento, porém sem nenhuma ingenuidade, outros homens abrem caminhos para a passagem da boiada e implantação de seus interesses. E se no meio do caminho havia uma pedra, um rio, uma mata ou um ser, serão todos consumidos…

Caixa com cereais

Mas qual a minha parcela de responsabilidade sobre isso tudo?

Em primeiro lugar a nossa consciência de cidadãos e, em segundo, entendermos que estamos enfrentando uma crise sanitária mundial e cada setor expõe as suas demandas e necessidades para mantermos o bom senso e o equilíbrio social. Sendo assim, fatores emergenciais não irão acabar e muito menos serem relegados a um segundo plano e isso significa que ‘a vida’ continua e os seus problemas terão que ser enfrentados, mas agora por todo o mundo.

As Nações que evoluíram neste discurso, que souberam enfrentar e corrigir alguns de seus problemas ambientais, até puderam se concentrar totalmente nessa crise sanitária, mas quando não temos direcionamentos adequados o enfrentamento de uma situação não pode ser isolado, pois as suas consequências serão ‘vulcânicas’.

Voltemos, assim, a nossa pequena grande parcela de responsabilidade ou contribuição sobre a manutenção desse meio ambiente para nos perguntar o que estamos fazendo e o que devemos mudar? Que legado deixaremos para as futuras gerações?

Podemos iniciar com pequenas ações de reciclagem de nossas atitudes diárias, como:

  • Mudança de atitude: Reaproveitar, Reutilizar, Reinventar, Repensar, Reciclar… E assim dar valor ao que era considerado inútil.
  • Conscientizar e Respeitar: Todo o processo de criação, distribuição e comercio para agregar ‘valor’ a cada produto e o quanto o mesmo impacta, em sua criação e descarte, no meio ambiente.
  • Educação Sociambiental: Mudar para Respeitar e Respeitar para Mudar… Um ciclo onde a ‘responsabilidade compartilhada’ (e a sua logística reversa) é a via que conduz aos objetivos sustentáveis de uma sociedade organizada.

Bem, não precisamos nem dizer o quanto tudo isso impacta nos setores do TRABALHO (empreendedorismo verde, economia circular) e da SAÚDE.

Sendo assim, ONGs e muitos veículos de informação sobre o assunto Meio Ambiente, assunto esse vital para o desenvolvimento sustentável de nossas comunidades, sofrem por falta de apoio para reverberarem os ecos da sociedade, ampliarem ‘Ações de Sustentabilidade’ e, portanto, agirem nesta direção. Sensibilizar a sociedade sobre a gravidade do momento em que vivemos, ainda é preciso, porém ainda há saída… Sempre haverá uma saída quando encontramos pessoas dispostas a ouvirem, refletirem, olharem para os lados e agirem com as suas armas, ferramentas que educam e, portanto, mostram a outras pessoas que podemos transformar, ressignificar, o ‘lixo em luxo’ e de forma ampla de entendimento e conduta: Reutilizar, Reaproveitar,  Ressignificar e Reciclar atitudes para ecoar mudanças sociais a partir de mim e de você. Para, assim, nos sentirmos de consciência leve, pois nossa parte, nossa pequena grande parte, está sendo cumprida e seus ecos serão sentidos por toda a terra.

A Comunicação sem fronteiras produz ecos e seus ecos constroem pontes de desenvolvimento e sustentabilidade entre os homens (de boa vontade) e as suas comunidades locais.

Afinal…

Ação local gera ecos no global. Portanto… Quais são os seus ecos?

Nota do Editor: O Jornal Caboclo apresenta o Poema “Com outros olhos”, da autora, em:

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Sobre o autor:  Rose Campos é jornalista, palestrante, escritora, poeta e apresentadora do Programa Ecos do Meio, na Rádio/TV Mega Brasil. É fundadora da Ecos do Meio Comunicação, entidade que tem como objetivo promover diálogos e ações de conscientização sobre as questões socioambientais e o destino correto, assim como sua transformação em arte, do ‘lixo social’.

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P.S.: Os conceitos emitidos por artigos ou por textos assinados e publicados neste jornal são de inteira responsabilidade de seus respectivos autores.

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Mensagem do editor:

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